Mais Que Uma Feira de Games – A BGS e o Espetáculo da Inclusão

No último final de semana, no Expo Center Norte, aconteceu a décima edição da Brasil Game Show ou, como é conhecida pelo público em geral, a BGS. Como um cara que cresceu jogando videogames, achei que seria bastante interessante comparecer ao evento e ver como era organizado, afinal, nunca havia ido e não conhecia a maneira com que o espaço era montado.

De maneira geral, o evento foi muito bem organizado. Os stands eram grandes e com boa sinalização. Era possível ver mapas espalhados pela feira, havia uma boa opção de comida, não ficando restrito só a lanches, e os banheiros eram bem “ok”. Mas o que me chamou a atenção, mais do que todos os grandes lançamentos, que a imprensa especializada poderá falar melhor do que eu, foi a inclusão da feira.

Não era raro ver pessoas com deficiência trabalhando na organização da BGS ou curtindo os jogos. Muitas e muitas crianças de cadeiras de rodas estavam acompanhadas dos pais, esperando nas filas, jogando os lançamentos, interagindo com os profissionais que estavam por lá e conhecendo ainda mais essa cultura que integra, cada vez mais, todo o tipo de pessoa.

E isso tornou o ambiente familiar, agradável e divertido. Foi bastante legal ver todas as crianças, jovens e, até mesmo adultos, se interagindo em cada stand, conversando sobre os lançamentos e interagindo em um ambiente onde as pessoas só queriam se divertir. Claro que, a questão das filas, sempre vai ser um “ponto negativo”. Mas não há como montar stands IMENSOS com 100, 200 consoles para diminuir o tempo de espera. Não tem nem espaço para isso.

Mas a grande questão, que mais me chamou a atenção, foi essa: a inclusão, o fácil acesso, o respeito que todos tiveram pelas pessoas com mobilidade reduzida e a possibilidade de todos poderem se divertir em um ambiente familiar, organizado, limpo (importante ressaltar) e de fácil acesso a todos.

Os ônibus do traslado também eram bastante rápidos e com monitoramento. Não era difícil pegá-los na estação Tietê, mas não lembro de algum deles ter acessibilidade para pessoas com cadeira de rodas. A segurança do evento também esteve presente, com policiais do lado de fora e o CET coordenando o acesso, para facilitar o que fosse possível.

A organização do evento, incluindo o pessoal do staff, também esteve muito bem feita, com as pessoas educadas e dispostas a ajudar no que fosse preciso. Foi um evento e tanto! Espero que, em 2018, possamos aproveitar mais, jogando mais e, claro, vendo cada vez mais a interação das pessoas que, no fim, é o grande objetivo dos videogames.

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