Uma das vias mais movimentadas e famosas de São Paulo já foi, em um passado distante, parte do Rio Tamanduateí. Trata-se da Rua 25 de março, no centro de São Paulo. Na metade do século 19, passava pela região parte do Tamanduateí, que tinha sete curvas. Essas curvas, hoje, são as sete ladeiras que cruzam a via. O leito do rio era totalmente navegável e, na atual 25 de março, desaguava o rio Tietê e águas advindas do Rio Anhangabaú. Até o fim do século, havia um porto que servia de escoadouro para as mercadorias importadas, que chegavam de navio em Santos, subiam a serra de carroça e, posteriormente, pela estrada de ferro Santos-Jundiaí e alcançavam o Ipiranga

De lá, eram levadas via Tamanduateí até um porto para barcas, o chamado Porto Geral – daí o nome da conhecida ladeira. Com as grandes enchentes do rio, muitos comerciantes vendiam suas mercadorias por um preço muito baixo para que não ficassem no prejuízo. Essa prática foi o marco para que a região da rua 25 de março fosse conhecida como um pólo comercial de baixo custo.

No final do século 19, o rio foi modificado: a área da Várzea do Carmo foi drenada e surgiram as primeiras chácaras na região. A via ficou conhecida como Rua de Baixo, dividindo a cidade em duas partes: a Alta e a Baixa. Nesse período, o comércio, comandado pelos primeiros imigrantes árabes, concentrava-se na parte de cima, mais precisamente onde hoje, está a Rua Florêncio de Abreu.

Conta a história que a primeira loja aberta na rua 25 de março, já em 1887, pertencia ao imigrante libanês Benjamin Jafet. Com a urbanização pós-drenagem, os aluguéis começaram a subir e quem pisava lá pela primeira vez se instalava na parte baixa, onde os preços eram mais acessíveis. Sua denominação atual, 25 de março, foi dada em 1865 como uma homenagem à data da promulgação da primeira Constituição Brasileira, ocorrida em 1824.

Referênciashttps://diariodotransporte.com.br/2016/03/25/historia-da-rua-25-de-marco-um-pedaco-do-mundo-em-sao-paulo/ 

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