A região de Artur Alvim, na Zona Leste de São Paulo, carrega uma curiosa história de desenvolvimento diretamente ligada à malha ferroviária da cidade. Para começar a entender um pouco mais de sua origem, comecemos pelo nome.

Artur Alvim foi um engenheiro ferroviário e importante funcionário da ferrovia Central do Brasil. O profissional chegou a ser chefe da Seção de Engenharia  na Administração de Herculano Velloso Ferreira Pena. No ano de 1921 idealizou e projetou a construção do chamado Ramal de São Paulo da Estrada de Ferro Central do Brasil que, obviamente, cortava o bairro e contribuiu para a construção da primeira escola municipal da região. Essa estação foi inaugurada no mesmo ano, em 19 de agosto.

As únicas casas da vila em 1943. A imagem foi feita da plataforma da estação, que ainda não possuia prédio.
As únicas casas da vila em 1943. A imagem foi feita da plataforma da estação, que ainda não possuia prédio.

Um pouco antes dessa intervenção, mais especificamente em 1900, a região era um conglomerado de grandes chácaras em um local conhecido como Santa Teresa. Com a chegada do ramal projetado por Alvim, a história dessas terras mudou por algum tempo, enquanto a ferrovia ficou ativa.

Graças à ferrovia, vários bairros surgiram em seu entorno, como a Vila Santa Teresa e a Vial Campanela. Com o passar dos anos e a praticamente extinção do modal ferroviário no bairro, em 1957, quando a estação passou à administração da Rede Ferroviária Federal, a região ficou no esquecimento até que o Metrô chegou em 1987 e mudou totalmente o perfil do bairro.

Passagem de nível ao lado da estação em 1978
Passagem de nível ao lado da antiga estação em 1978.

Como homenagem ao antigo engenheiro, a estação de metrô que atende ao bairro recebeu o nome de Artur Alvim. Outros dois aparelhos ainda homenageiam o antigo patriarca da estação: o Parque Artur Alvim e o Jardim Artur Alvim.

12 Comments

  1. Eu, na minha infância, conheci o Pai de um amiguinho, ele era tratorista , trabalhou no traçamento das ruas, ou melhor ele tratorou os contornos do meu Bairro Cidade Patriarca. nas décadas de 40/50. Eu acredito, tenho fé que algum “mestre de obra” um Engenheiro de obras, tirou algumas fotos deste bairro, quando era campos, matas, pequenos sitios, casas antigas, que ali estavam antes do traçado do Bairro. Gostaria de encontrar essas fotos. Vamos Procurar?

  2. Prezados… afim de restabelecer verdade histórica, devo informá-los de que, segundo o Jornal do Commercio (RJ); 10/05/1919 – página 2, o engenheiro Arthur Alvim faleceu em Petrópolis (RJ) em maio de 1919, momento em que não era mais funcionário da Central do Brasil desde 1889; portanto, não poderia, nem era sua função, ter projetado a estação que foi batizada com seu nome em 1921. Em breve, publicações com o centenário da morte deste engenheiro e centenário da estação Arthur Alvim serão publicadas com as devidas informações de fontes fidedignas. Recebam meu fraternal abraço! José Carlos Silva Batalhafam.

    1. Ajustarei essa informação ainda essa semana. Meus cumprimentos pela pesquisa e educação em transmitir a informação. Abraços!

  3. É errônea a afirmação q o bairro estava esquecido até o metrô. Na verdade a construção de 12 mil unidades habitacionais pela Cohab trouxe AA a vistas em 1978 a 1978. Na inauguração do metrô o bairro já estava bem estruturado, com bancos, escolas, comércio e etc.
    Sou morador desde 1979

    1. Então vejamos, nasci e fui criado em Arthur Alvim. Nasci em 1950, estudei o primário no antigo galpão, onde hoje esta a escola Isaac Newton., que levava o nome do bairro. Onde hoje temos a COHAB, era uma imensa mata de eucaliptos, onde tinha uma lagoa, a pedreira, onde hoje é campo do Corinthians. Meu avô João, trabalhou na Central do Brasil, na construção da estação ele contava que o nome do bairro foi dado em consideração ao eng. Arthur Alvim. Que projetou sim a mesma, somente não participou de sua construção por ter falecido. Agora primeiro banco em Arthur Alvim, foi na decada de 1980. Decada de 1960 tinhamos somente a farmacia do sr Nelson na vila Ré, duas padarias. uma proximo da estação e a outra no largo de Arthur Alvim, Padaria 3 irmãos, onde ainda existe, mais conhecida como Bole Bole. logo depois 60/70 sr Kato inaugurou sua farmacia e tbem o João inaugurou a sua, uma em frente a outra. A sociedade Amigos de Arthur Alvim, q hoje e desde ha 1975 e na rua Afonso porto, era no salão da rua Maciel Monteiro.
      Um açougue na Galileu Menon. Duas lojas de materiais para construção, depósito Suely, na rua Paraguassu Paulista e o do Sr Ivo, onde hoje tem o açougue na Peixoto Werneck. da mesma familia. rua benedito leal, no seu final tinha armazem do sr Jose Viana, no começo da mesma, tinha armazem do se Nunes. Mas o maior numero de comercio, estava em frente a estação de Arhur Alvim. Espero ter contribuido um pouco. Qualquer coisa estarei a disposição.

      1. boa noite

        Estou procurando alguma informação, pelo menos fotos, da escola do antigo galpão, ou grupo de madeira, eu morava na 2a. casa para cima, na rua Major Boaventura,
        Inclusive, fizemos um trabalho sobre Artur Alvim , creio que em 1969, não consegui saber onde foi parar
        `Por favor, quem tiver, pelo menos as fotos, gostaria imensamente

        Ah, minha mãe vendia doces e sorvetes do lado da escola, em nossa
        casa,

        Abs

  4. Minha família que são portugueses vieram morar em Artur Alvim nos anos 50. Meu pai começou a vida dele vendendo carvão em carroças. Nós morávamos na rua Plinio Cavalcante com a Benedito Leal, meu pai era conhecido como Sr. Manoel carvoeiro. Eu fiquei muito feliz com o comentário do senhor Job Viana, pois eu era garoto nessa época. Todas as pessoas da época que o senhor citou, eu tive o prazer de conhecer pessoalmente. Muito grato pela postagem!

    1. Conheci a carvoaria, e na esquina e o Sr. Manoel, morava na Major Boaventura, ia na venda que tinha na esquina, e na outra esquina tinha uma padaria, ao lado da Caixa d’água
      Tempos bons

      1. Olá amigos de Arhur Alvim.
        Meu nome é Otácilo, nasci em Arthur Alvim em 1952 e morei lá por 62 anos.
        Só pra esclarecer o sr. Nunes que Job citou foi o meu pai Joaquim S. Nunes que era o proprietário do Armazém na rua Benedito Leal esquina com a Galileo Menon.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *