Quanto Custa a Mudança de Nome da Estação Vila Mariana?

Ontem tivemos a notícia de que pode acontecer uma mudança no nome da estação do Metrô Vila Mariana. Segundo a ideia “genial” do deputado André Soares, filho de R. R. Soares, o plano é colocar o nome de Enéas Tognini junto à nomenclatura oficial.

Além de absurdo querer vincular a religião ao cotidiano das pessoas, afinal o estado é laico, isso vai gerar um custo absurdo para a nossa cidade. Apesar de não termos dados oficiais, resolvemos buscar informações anteriores da nossa cidade para termos uma ideia do quanto isso vai nos onerar.

Em 2006, o jornal Folha de São Paulo fez uma matéria sobre a alteração dos nomes das estações Barra Funda, Bresser e Tietê que, respectivamente, agora são conhecidas por: Palmeiras – Barra Funda, Portuguesa-Tietê e Bresser-Mooca. A grande curiosidade fica por conta dos valores da época: R$ 2,2 mi para mexer em toda a comunicação visual que envolvia as estações.

O valor, por estação, ficou na casa dos R$ 750 mil. Se usarmos a calculadora da Folha, que mede a inflação entre o período selecionado, em NENHUM DOS ÍNDICES selecionados o valor fica abaixo de R$ 1. 3 MILHÃO DE REAIS para mudar o nome de uma histórica estação.

Temos que levar em conta, também, que hoje temos mais estações do que em 2006, fato que, com certeza, vai elevar ainda mais o valor dessa “lei”.  O deputado que propôs a alteração, André Soares (DEM), justificou a ideia argumentando que o homenageado, um pastor batista nascido em Avaré (SP) em 1914 e morto no ano passado, foi, nos anos 1960, “um dos grandes líderes do avivamento espiritual, que originou a Convenção Batista Nacional (CBN).

E aí? Vale essa mudança? Ou é mais uma bobagem parlamentar?