O Símbolo da Gastronomia Paulistana – O Sanduíche de Mortadela do Mercadão

Um dos símbolos da gastronomia paulistana é o famoso sanduíche de mortadela do Mercadão.  Mas pouca gente conhece a história de como o lanche chegou ao imenso tamanho que conhecemos hoje. Tudo começou no ano de 1933, em um pequeno bar aberto, chamado Bar do Mané, no Mercado Municipal de São Paulo por alguns imigrantes portugueses da família Loureiro. A ideia era atender às necessidades dos feirantes, quintadeiros e de alguns clientes que passavam pelo Mercadão e precisavam de uma opção de refeição rápida e que os sustentasse pelo resto do dia.

Antes de chegar ao grande destaque dessa história, vale destacar que durante muitos anos, a SUNAB (Superintendência Nacional de Abastecimento), antigo órgão regulatório de alguns segmentos comerciais da cidade de São Paulo, tabelava o preço dos sanduíches e afins,  o que deixava as opções praticamente iguais e com pouquíssimo recheio. Após anos servindo lanches dos mais diversos tipos, no ano de 1970 um cliente ficou revoltado com a pouca quantidade de recheio do seu lanche.

Tradicional Bar do Mané

Foi então que um dos donos do estabelecimento resolveu encher o lanche de mortadela para que o cliente não reclamasse mais.  Entretanto, diz a lenda, que o cliente que estava ao lado do “reclamão” também quis seu lanche com o recheio extra e assim foi criada a tradição do enorme lanche do Mercadão.

A iniciativa deu certo e a iguaria começou a ficar famosa na cidade.  No dia 10 de julho de 1979, o guia do Estadão falou pela primeira vez do sanduíche em uma matéria de página inteira. A chamada era “O Lanche de mortadela dá fama ao boteco”. A fama se consolidaria no ano de 1995, quando o bar apareceu na novela

A Próxima Vítima, da TV Globo. Em algumas estimativas feitas pelos donos do “Bar do Mané” dão conta que o bar chega a vender 1.200 lanches em um dia, o que resulta em 3.100 kgs de mortadela em um mês.

Uma verdadeira tradição paulistana!