Post publicado originalmente em 26 de junho de 2014 e atualizado em 31 de agosto de 2022.

Existe um dia dedicado às árvores:  21 de setembro. Nessa data, deveríamos demonstrar respeito a todo tipo de árvore e vegetação do planeta. Em São Paulo, uma praça merece atenção, a Praça da Árvore, que fica próxima da Avenida Bosque da Saúde.

O nome vem do século XIX e, segundo relatos, existia na região um bosque utilizado para descanso e lazer. Pelo clima agradável e por ser bem frequentado, recebeu o nome de Bosque da Saúde. Contudo, anos mais tarde, o Bosque seria extinto e uma pequena porção dele sobreviveria. Essa porção ganhou o nome de “Praça da Árvore”.

Registro de onde, hoje, está o Metrô Praça da Árvore em 1968.
Registro de onde, hoje, está o Metrô Praça da Árvore em 1980.

E a curiosidade da região mora nesse fato. Quando se procura sobre o tema nos arquivos da Secretaria de Habitação da Prefeitura de São Paulo, não há nenhum decreto ou Lei que institui a denominação oficial da praça como “Praça da Árvore”.

Pensando dessa maneira, já que não há qualquer autorização oficial, um vereador poderia elaborar um projeto de lei para homenagear um amigo ou qualquer outra pessoa nomeando usando a praça? Não.

De acordo com a legislação municipal, a Praça da Árvore é um caso de “denominação consagrada tradicionalmente”.

Por isso, não pode ser aceita qualquer denominação diferente do nome já implantado. É na Praça da Árvore que fica a estação de Metrô homônima, que foi uma das primeiras da Linha 1 – Azul.  Ela foi entregue no dia 14 de setembro de 1974.

Início das obras da estação Praça da Árvore
Trecho entre as estações Praça da Árvore e Saúde, em frente ao antigo prédio da TELESP em 1968

50 Comments

      1. Tenho 85 anos, estudei no Grupo Escolar Princesa Isabel, não posso recordar o ano, talvez 1948, o então prefeito Adhemar de Barros, fez um discurso em cima da Casa Zilá, e eu fui convidado aleatóriamente, com todos os alunos do Grupo, para simbolizar o plantio de uma muda de árvore. Daí em diante mudou o nome para Praça da Árvore, antes disso era Primeira Seção. O bonde bosque era número 30 e o bonde que vinha da praça João Mendes era 23.

    1. Quando os Bondes funcionavam, a Praça da Árvore era também chamada de 1ª Seção. Tinham os Bondes que vinham do centro e paravam na 1ª Seção e tinham os que desciam a Av. Bosque da Saúde passando pela Curva da Morte em frente a Igreja Santa Terezinha e faziam ponto final no Colégio Princesa Isabel.

      1. Vc lembra o número do bonde que saía da Praça da Arvore, descia a Av. Bosque da Saúde e descarrilava na Curva da Morte? Acho que era 30, mas não tenho certeza.

    1. Rosana, voce está falando da Pastelaria Shangai ? Se for, eu também já passei muitas vezes por ela quando era criança, e ainda passo até hoje !!

      1. Tbem fui muitas vezes nesta pastelaria, so não me lembrava do nome..
        quando estudava no grupo Escolar Princesa Izabel , fomos la plantar uma arvore ..
        lugar de referenciai ponto final de bonde,
        Tenho saudades faz mais de 44 anos que sai do pedaço.

    2. Gostaria de saber se Alguém tem fotos da pça da árvore antes da construção do metrô. Gostaria de ver pq me disseram que não tinha árvores.

      1. Quando mudei aqui nas imediações em 1963 só tinham 4 a 6 arvores nesta praça. E a tal pastelaria Shangai, já existia. Passava todos os domingos, a caminho da feira da Carneiro de Cunha.

    1. Exatamente, Primeira Seção. Na década de 40-50, ninguém falava em Praça da Árvore, mas sim “primeira seção”. Referia-se ao local onde terminava o primeiro trecho do bonde. A partir daí pagava-se mais um acréscimo na tarifa.

      1. Boa tarde….
        Estou abrindo um restaurante na Praça da Árvore e o tema do mês eh a história da praça.

        Teria alguém uma foto desses bondes..
        Ou qualquer outra da Praça antes da chegada do metrô em 70?

        Caso sim, me envie por e-mail a foto e o autor caso tenha, será colocado nos quadros do restaurante.
        Me envie se u contato caso de história q entro em contato b
        Tbm.

        Obrigado

      2. Boa noite, meu nome é Valdirene. Meu cão fugiu e a última notícia é q um noia vendeu p uma senhora na praça da árvore por 50.00. Gostaria muito de ajuda de vcs dessa região.

  1. Meu Pai Antonio da Silva Cunha, trabalhou de Taxista no Ponto de Táxi existente até hoje, da Praça da Arvore antes Primeira Seção de 1950 a 1992 quando faleceu

  2. Próximo a ela, no cruzamento da Av. Bosque da Saúde com a Rua Caramuru havia o Cine Estrela, que após o fechamento abrigou uma filial da loja Gabriel Gonçalves, e depois um bingo.

  3. Todos os dias, eu pegava o bonde até a Praça João Mendes para ir ao trabalho. Aos domingos à tarde, ia na matinê do Cine Estrela. Saudades!!

  4. nasci na rua itapiru ,conheci minha mulher nesta praca na casa zila ,iamos na missa na igreja sta rita,e nos casamos no cartorio esq: caramuru com av: bosque,brinquei muitos carnaval em frente ao cine estrela,muitas saudades.

  5. Há 67 anos nasci em um hospital que tinha em frente ao Cine Estrela, era o Hospital Nossa Senhora das Graças, vivi ali na Rua Caramuru e Av. Bosque até 1976.

    1. hoje eu moro no bairro do Caninde aqui na cidade de Sao Paulo mais me lembro muito bem, quando eu meus pais e irmaos chegamos do estado de Pernambuco, eu tinha 2 anos de idade e moramos pertinho da Praça da Arvore na Alameda dos Guatas isso nos anos de 1957 ate 1959 quando retornamos a Pernambuco.

    2. Sr. Sérgio, boa tarde, eu procuro informações sobre esse hospital que é onde a minha mãe nasceu. O senhor saberia me dizer o endereço exato do hospital? Ou o que hoje existe lá?

  6. Pois é amigos, sou filho de imigrantes (grego) nasci e morei na Rua Traituba, a rua do Club Aquático do Bosque, grandes bailes …a praça da árvore antes da construção do Metro era linda e tinha arvores sim rs..existia tb um mapa que era uma atração a parte ficava na parede do Bazar Odete para época uma novidade iluminado e era acionado manualmente um tempo saudoso e como recordar é viver…bons tempos amigos, quando vou a São Paulo não deixo de ir a Pastelaria Shangai, ainda com a familia chinesa que mantem a tradição há mais de 50 anos… Ah. estudei tb no Colégio Princesa Isabel…abraços fraternos a todos…

  7. Na minha adolescência frequentei o clube Aquático do Bosque em que meu pai foi um dos fundadores. Pratiquei natação e tove meu primeiro amor platônico de uma menina, cujo nome acho que era Catarina. Boas lembranças!!!

  8. Meu nome é Jonas, de 1966 a 1968, morei na rua Bertioga, bem próximo da Pça. da Árvore, cursei o científico no Instituto de Educação Conde José Vicente de Azevedo, excelente colégio estadual.

  9. moro na vila Clementino a 33 anos e sempre vou a praça dar uns role a pastelaria é ótima e a casa zila é antiga já comprei muito lá e a padaria pão caseiro muito bom e o gaúcho gril e o bazar Odete são antigos também

  10. Bom dia necessito de fotos da década dos bondes da linha praça da Árvore 1 seção.
    Estou montando um restaurante na região e será sobre a história da Praça.
    Caso alguém tenha entre em contato comigo.
    Fotos da década de 50-60 antes do metrô.

    Obrigado

  11. No final do século XIX trafegava entre São Paulo e Santo Amaro, então município, pequeno trem a vapor, cujo percurso era cobrado em duas etapas: 1ª e 2ª seções. A 1ª seção correspondia ao trecho
    Rua S.Joaquim-Pça. d’Arvore e a 2ª da Vila do Encontro até o atual bairro de Sto. Amaro. A 1ª Seção tornou-se Pça. d’Árvore. A Vila do Encontro, situada nas proximidades da cabeceira da pista do aeroporto de Congonhas, recebeu esse nome porque era ali que os trens das linhas S.Paulo/Santo Amaro e Sto.Amaro/S.Paulo encontravam-se para transbordo de passageiros e pequenas cargas, haja vista que as viagens eram feitas por etapas e as passagens cobradas a cada seção. Só bem depois, já no século XX vieram os bondes elétricos.
    Obs. O bonde que fazia a linha Pça. João Mendes/Pça. d’Árvore era nº 23-Domingos de Morais. Essa linha depois foi estendida até o bairro de São Judas Tadeu.

    1. Roberto sua narrativa está perfeita, fui morar na região com 3 anos de idade 1950, e era comum a atual praça da Árvore, ser chamada de 1ª secção, posteriormente sim praça da Árvore com todo o tradicional comércio, sem deixar de citar a Pastelaria Shangai.

  12. Estudei no Ateneu Olavo Bilac, ficava na Rua Caramurú, isso nos anos 50. Fui muito no Cine Estrela, bailes de carnaval, jogar pó de mico lá de cima, come pastel na Shangai!!!

  13. Querida Praça da Árvore
    Eu, juntamente com meu irmão gêmeo Afonso, nos sentimos pessoas privilegiadas por termos passado nossa infância e adolescência num lugar tão lindo e maravilhoso como era nossa Praça da Árvore, na Vila Mariana, em São Paulo. Uma época em que haviam bondes, o trânsito de automóveis quase não existia, as pessoas se cumprimentavam nas ruas, quando o professor entrava na sala de aula os alunos se levantavam, ficávamos até altas da noite brincando de ajuda-ajuda, futebol, etc. Brincávamos nas chácaras, nadávamos nos riozinhos. Conhecíamos quase todas as ruas do bairro, quase todas as pessoas também. Naquele tempo quase não havia muita maldade, e o que vou relatar sobre nossa infância e adolescência era apenas um modo de nos divertirmos, de vivermos a vida, e não de prejudicarmos ninguém, nem tampouco os animais.

  14. Querida Praça da Árvore
    Eu, juntamente com meu irmão gêmeo Afonso, nos sentimos pessoas privilegiadas por termos passado nossa infância e adolescência num lugar tão lindo e maravilhoso como era nossa Praça da Árvore, na Vila Mariana, em São Paulo. Uma época em que haviam bondes, o trânsito de automóveis quase não existia, as pessoas se cumprimentavam nas ruas, quando o professor entrava na sala de aula os alunos se levantavam, ficávamos até altas da noite brincando de ajuda-ajuda, futebol, etc. Brincávamos nas chácaras, nadávamos nos riozinhos. Conhecíamos quase todas as ruas do bairro, quase todas as pessoas também. Naquele tempo quase não havia muita maldade, e o que vou relatar sobre nossa infância e adolescência era apenas um modo de nos divertirmos, de vivermos a vida, e não de prejudicarmos ninguém, nem tampouco os animais.

  15. Se lembram também das alemãs dos frios ao lado da casa zila,morei 20 anos na rua traituba.Muitas saudades destes tempos……

  16. Frequentei muito o Cine Estrela, do avô da Giane que escreveu acima! Na parede da sala havia uma enorme figura , em gesso, da Diana Caçadora.

  17. Nasci e cresci na Rua Gravi, uma pequena travessa da Av. Bosque da Saúde. Tb estudei no Olavo Bilac na rua Bertioga. Salvo engano, o número do bonde que saía da Pça da Arvore e descia a Av. Bosque da Saúde era 30. Comi muito pastel com caldo de cana na pastelaria Shangai e comprei ótimos frios na casa das 03 irmãs alemãs. Frequentei a padaria Minerva, onde ficávamos na adolescência, conversando e tentando decifrar a vida dos transeuntes. O Cine Estrela tinha a seguinte programação: segundas, quartas, sextas, sábados e domingos uma sessão noturna com 03 exibições: primeiro filme, segundo filme e reprise do primeiro filme; terças, quintas e domingos matinês com exibição de 02 filmes. Uma figura pitoresca ligada ao Cine Estrela era o pintor Ivan, o terrível. Ele fazia grandes cartazes que eram exibidos nas paredes laterais anunciando as próximas atrações. Como gostava de tomar algumas, às vezes os cartazes continham chamadas estranhas (ex: cartaz em que havia o desenho de um avião de guerra com o título “Na era do gato”) . Cartaz particularmente complicado que causou certa confusão com os donos do cinema foi quando o Ivan fez uma versão peculiar do título de um filme chamado “Week-end em Palm Springs”. Um outro personagem que ficou muito famoso na noite paulistana foi o Sargento Jacaré do Exercito de Salvação, suja sede ficava na Av. Bosque da Saúde, esquina com Rua Juá. Além de membro desta organização, o Sargento Jacaré era um temido cobrador de bonde. Muitas estórias e muita saudade da Pça da Arvore, seus arredores e personagens.

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