A história da primeira bomba de “gazolina” de São Paulo

Uma das maiores curiosidades que pude encontrar, enquanto pesquisava sobre a história da cidade fica por conta da seguinte matéria, do Correio Paulistano, datada do dia 24 de janeiro de 1954. O título é o seguinte: “Assistiu a instalação da primeira bomba de gazolina em São Paulo”. A linha fina vem com a seguinte informação: “Orlando Ferreira de Melo, paulista de São Simão,  ingressou no ramo quando a cidade tinha menos de mil automóveis e a gasolina era vendida em caixasa, ao preço de 10  mil réis…- Havia em 1917 maior procura de querosene – 36 anos numa mesma companhia: a Esso Standard do Brasil, onde começou “office-boy” e hoje é o gerente do Distrito de São Paulo”.

Muitas coisas me chamaram a atenção nesse pequeno trecho: a diferença de grafia da gasolina do título para o texto (no título com “Z” e na linha fina com “S”) e a curiosa informação de que a gasolina era vendida em caixas, tema que será pesquisado e mais aprofundado dentro do nosso site. Mas continuemos com as curiosidades abordadas pelos repórteres da época. A matéria afirma que Orlando presenciou a instalação da primeira bomba de gasolina da cidade na Rua Barão de Itapetininga em 1920 e, anos depois, em 1928, presenciou a inauguração do primeiro “posto de serviço”, esse já na Praça Oswaldo Cruz.

Durante o texto, outra informação importante aparece: “Orlando Ferreira de Mello, paulista de São Simão, é o atual gerente do Distrito de São Paulo na Esso Standard do Brasil. Entrou para a Companhia com a idade de 15 anos, em 1917, tendo sido “office-boy”, auxiliar de escritório, chefe de secção, assistente de vendas, chefe da secção de Promoção de Vendas, gerente do Distrito de Campinas e agora é o responsável pelo maior armazém da Esso na América do Sul – o Armazém Parque da Mooca – com sua enorme área de 98 mil metros quadrados e suas instalações”. Alguém mais sabia que a Mooca havia sido sede e, mais do que isso, estoque da Esso durante os anos 50?

Para finalizar, em 1954, a Esso apresentava números “fabulosos”: 350 funcionários, 563 bombas de gasolina e 118 postos de serviço. Em 1952 com um grande desenvolvimento, o estado de São Paulo consumiu a quantidade de “17 milhões de barris de petróleo”. Eram, de fato, outros tempos.

Alguém mais lembra ou tem curiosidades dessa época? Comenta aí!