A camisa da Seleção Brasileira é, com toda certeza, a mais respeitada do futebol mundial. Os grandes craques que a vestiram e as conquistas que ela proporcionou ao Brasil são temas de livros, filmes, lembranças e muito orgulho para a nação brasileira. Entretanto, o segundo uniforme da nossa seleção, a camisa azul, tem uma curiosa história de surgimento relacionada, diretamente, com o nosso eterno paulistano, o “Marechal da Vitória”, Paulo Machado de Carvalho.

A história da camisa azul começa poucos dias antes da final da Copa do Mundo de 1958 que seria disputada entre Brasil e Suécia. Na ocasião, uma grande discussão entre os dirigentes foi estabelecida para decidir quem jogaria de amarelo. Apesar do Brasil se apegar ao regulamento, onde os visitantes poderiam escolher o tom do uniforme, os suecos foram inflexíveis e um sorteio foi realizado. Coube aos suecos, então, atuar de amarelo.

O espirituoso Paulo Machado de Carvalho

A delegação brasileira se via diante de um grande problema. Apesar da seleção já ter um uniforme alternativo, ele era branco. E, grande parte da comissão técnica, incluindo  o treinador Vicente Feola, eram muito supersticiosos e o uniforme branco estava vivo, ainda, na memória do Brasileiro, tendo em vista que foi esse fardamento do inesquecível Maracanazzo, onde perdemos a final para o Uruguai, em pleno Maracanã, em 1950.

O caminho escolhido foi o de comprar um  lote de camisas azuis para aquele jogo. A história conta que, até mesmo alguns jogadores, costuraram os números e o escudo nas novas camisas da seleção. O grande destaque dessa compra fica por conta, também da superstição.

O chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, católico fervoroso, disse aos jogadores e à comissão técnica que eles não deveriam se preocupar com a cor do uniforme, afinal, “é a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida”.

O resultado final foi o de 5 x 2 para o Brasil com uma grande atuação de Pelé e a imortalização da camisa azul em nosso uniforme. Uma curiosidade, que fica apenas no campo do “achismo” é que, talvez, o termo “manto sagrado”, que muitas pessoas utilizam ao se referir às camisas de seus clubes, possa ter surgido dessa relação do manto de Nossa Senhora com a camisa da seleção.

Referências: https://gq.globo.com/Essa-e-nossa/noticia/2013/08/estilo-nas-copas-1958-mistica-do-segundo-uniforme-da-selecao.html

https://www.redbull.com/br-pt/a-historia-da-camisa-azul-da-selecao-brasileira 

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