Conheça Um Paulistano #3: João Carlos Martins

Participação especial de Yasmin Gomes

Em 25 de junho de 1940, no Hospital Santa Catarina, João Carlos Martins chegava a este mundo. Hoje maestro, o paulistano iniciou seus estudos de piano ainda criança, aos sete anos. Aos 13 anos, começou com sua carreira nacional e aos 18 foi ganhar o mundo. Conversamos com ele que é um dos maiores intérpretes de Bach do século XX para conhecer a relação dele com a nossa São Paulo.

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Que lugares foram marcantes durante sua infância?

Eu morava na Vila Mariana, a 50 metros do Parque do Ibirapuera, e estudava bem próximo também, na Av. Conselheiro Rodrigues Alves.

Meu pai me levava bastante no MAM (o Museu de Arte Moderna), que era perto de casa. Também passeávamos pelo centro da cidade, nas lojas da R. 7 de Abril, no Theatro Municipal…íamos aos estádios do Pacaembu também e da Portuguesa. Aos sete anos, comecei a estudar piano no Liceu Pasteur e passei a tocar quase sempre nos salões de chá que existiam na R. Barão de Itapetininga.

Entre o final da década de 1940 e meados da década de 1950, os elegantes salões de chá no estilo inglês se popularizaram em São Paulo no endereço da R. Barão de Itapetininga e contavam, muitas vezes, com apresentações de música clássica. Na foto, o salão de chá da Confeitaria Fasano, em 1957.
Entre o final da década de 1940 e meados da década de 1950, os elegantes salões de chá no estilo inglês se popularizaram em São Paulo no endereço da R. Barão de Itapetininga e contavam, muitas vezes, com apresentações de música clássica. Na foto, o salão de chá da Confeitaria Fasano, em 1957.

E hoje em dia, quais locais da cidade você mais frequenta?

Eu moro no bairro dos Jardins e gosto de me reunir com amigos na Vernieri Tabacaria ou no restaurante Quatrino, ali na Oscar Freire. Sem dúvidas, o Theatro Municipal, é um lugar especial para mim.

Qual é a pior característica de São Paulo?

Desigualdade.

E a melhor?

A melhor? Poderia ser bem melhor (risos).

Então, o que precisa mudar com urgência?

É preciso que todos os segmentos sociais tenham consciência e amor pela cidade com gestos simples como não jogar papel no chão.

O que é imperdível na cidade?

O Parque do Ibirapuera, o Theatro Municipal e o Masp.

Qual música é a cara de São Paulo?

Ah! “Trem das Onze”!

Em seu projeto mais recente, o maestro João Carlos Martins, apadrinhou o Coral Somos Iguais, formado por 25 crianças e adolescentes de famílias refugiadas da Síria e da África. A partir de 11 de junho, terá início a temporada de apresentações do maestro com sua Orquestra Bachiana Filarmônica Sesi-SP. Os ingressos podem ser adquiridos no site www.ingressos.com

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